A redução da dose da vacina contra a febre aftosa de 5ml para 2ml, mudança que passa a valer a partir de maio deste ano, ajudará a reduzir edemas e lesões no local da aplicação. Isto porque o volume menor, explica o fiscal estadual agropecuário Fernando Groff, facilita o procedimento. Outra vantagem é a menor incidência de reações. “A resposta imune não é tão pronunciada”, explica o veterinário, destacando que mesmo um rebanho homogêneo pode ter reações diferenciadas. Com isso, haverá menos perdas econômicas e embargos à exportação.
“A redução do volume da vacina e a retirada do adjuvante saponina têm um objetivo importante que é reduzir a formação de abscessos que resultam da reação vacinal. Essa medida é positiva para o produtor e para o setor como um todo, já que diminui prejuízos e complicações referentes à exportação de carne”, avalia o presidente da Associação dos Fiscais Estaduais Agropecuários do Rio Grande do sul (Afagro), Antonio Augusto Medeiros. Recentemente, tais lesões foram objeto de questionamento pelo mercado americano.
Coordenador do Programa de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa da Secretaria da Agricultura, Groff frisa a necessidade de estar atento à higiene no procedimento. “Qualquer contaminação pode dar reações”, alerta.